segunda-feira, dezembro 20, 2021

Sony paga US$ 500 milhões pelas canções de Springsteen


O cantor Bruce Springsteen aceitou vender os direitos de todas as suas canções à japonesa Sony Music por US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões).

A venda dará à Sony a propriedade de todo o catálogo da lenda do rock, incluindo o álbum 15 vezes platina Born in the U.S.A. e o álbum cinco vezes de platina The River. Só nos Estados Unidos, Springsteen vendeu mais de 65 milhões de discos.

Springsteen não é o primeiro a vender os direitos da sua discografia. Outros artistas internacionais já passaram pelo mesmo processo, como David Bowie, Bob Dylan, Paul Simon, Stevie Nicks, Neil Young ou Carole Bayer Sager, entre outros.

A Warner Music comprou os direitos mundiais da discografia de Bowie em setembro, e Dylan vendeu a sua coleção de mais de 600 canções em dezembro de 2020 à Universal por US$ 300 milhões.

Em um comunicado oficial, o cantor disse que assinou com a Columbia Records em 1972 e que foi o lugar certo para estar. "Nos últimos 50 anos, homens e mulheres da Sony Music me trataram com muito respeito como pessoa e artista. Estou muito feliz que meu legado continuará a ser cuidado por eles e por pessoas que conheço e confio".

TRANSIÇÃO DIGITAL


A pandemia de Covid-19 reforçou uma tendência que tem vindo a ganhar tração desde o surgimento das plataformas de streaming. Os concertos estão gradualmente a tornar-se na maior fonte de receitas para os artistas, à medida que a compra de álbuns físicos vai diminuindo entre a população mais jovem.

Segundo um relatório da empresa norte-americana de serviços financeiros Citybank, os concertos passaram de terceira fonte de receita para artistas em 1986, atrás de plataformas musicais e direitos de autor, para primeira em 2017. Em 2017 os concertos ao vivo representaram US$ 3 milhões dos quase US$ 5 milhões que os artistas faturaram em todo o mundo.