Na década de 1980, ela administrou o Mrs. Jay’s Beer Garden e abriu a primeira loja de CDs de Jersey, em Belmar, entre 1980 e 2000. Depois, administrou o bar Fast Lane por um ano e, em seguida, o mitológico The Stony Pony, entre 2000 a 2003. Ela também participa do conselho municipal de Asbury Park desde 2016.
O acervo que hoje está sob os cuidados de Eillen e sua equipe começou como um projeto de fã. Em 2000, o editor Chris Phillips, do fanzine Backstreets, lançou uma campanha entre os leitores da revista para arrecadar material sobre Springsteen. O chamado deu resultado e, em pouco tempo, Phillips tinha em mãos cerca de 700 itens, entre eles recortes de jornais, revistas, posters, fotos e ingressos de shows, que ficaram guardados temporariamente na Biblioteca Pública de Asbury Park.
Em 2010, enquanto trabalhava no Centro de Artes de Monmouth, Eileen leu no jornal que a coleção havia crescido e que foi necessário deixar parte do acervo em casas de fãs do cantor, já que a biblioteca não tinha espaço. Diante da urgência, Eillen entrou em contato com seu amigo Bob Santelli, um historiador musical, jornalista e educador, e um dos curadores originais do Rock & Roll Hall of Fame and Museum. Santelli, então diretor executivo do Museu Grammy em Los Angeles, sempre sonhou que Monmouth (que ele frequentou e onde mais tarde lecionou) fosse um "centro de pesquisa musical". Eileen (de pé) e a assistente Connor RuppLocal organizam acervo de 40 mil itens
Com Santelli ao seu lado, Chapman propôs que a universidade de Monmouth acolhece permanentemente o acervo. Mas a biblioteca de Monmouth não estava equipada para lidar com a crescente coleção, então, o presidente da universidade, Paul Gaffney, ofereceu uma casa vazia e sem mobília na Cedar Avenue para abrigar os intens. Nesta época, a coleção já contava com cerca de 15 mil itens.
A ideia de eleger a universidade de Monmouth também recebeu a "bênção" do cantor. Em 2017, Santelli entrou em contato com o empresário de Springsteen, Jon Landau, e falou sobre o assunto. Então, Landau conversou com o cantor, que pediu para Santelli ir até sua casa para conversar a respeito. E foi o que ele fez, pegou um avião, desembarcou em Jersey e se dirigiu até a residência de Springsteen, em Colts Neck, a poucos quilômetros de Monmouth. Springsteen então foi pessoalmente ver o acervo e gostou do que viu. Atualmente, Santelli é o diretor executivo do The Bruce Springsteen Archives and Center for American Music.
Atualmente, o acervo tem cerca de 40 mil itens e continua em Monmouth sob os cuidados de Chapman, e disponível para ser visitado e consultado por qualquer pessoa que se interessar. Basta apenas entrar em contato (echapman@springsteenarchives.org) e agendar uma visita. Vale lembrar que o acervo está sempre recebendo novas aquisições doadas por fãs do cantor vindas de vários partes do mundo. Escute a entrevista concedida por Eileen Chapman ao podcast For The Love of E Street.
Em outubro de 2023, foi anunciado que o acervo ganhará uma nova casa dentro da universidade de Monmouth. Um novo prédio está sendo erguido para abrigar a coleção. O espaço também receberá exposições e se tornará um centro de pesquisa sobre os músicos pioneiros dos Estados Unidos. Programado para ser inaugurada em abril de 2026, a nova sede do Bruce Springsteen Archives and Center for American Music terá um teatro com 250 lugares, galerias de exposição, elementos interativos e iniciativas educacionais, incluindo uma parceria com a organização TeachRock, do guitarrista Steven Van Zandt.
Segundo o site oficial do The Bruce Springsteen Archives, a Monmouth University teve um papel importante na história musical de Bruce Springsteen e Jersey Shore. A universidade foi o local de muitos dos primeiros shows de Springsteen de 1969 a 1974, e está localizada próximo ao local onde, em 1974, Springsteen escreveu a canção "Born to Run". Conheça também a história de outro museu sobre o cantor em sua cidade natal Freehold.
FONTE: New Jersey Monthly