quarta-feira, janeiro 12, 2022

Fender Esquire carrega energia de Springsteen há cinco décadas


Um dos instrumentos mais reconhecidos no mundo é o Fender Esquire, dos anos 1950, de Bruce Springsteen. Pode parecer despretensioso, com seu acabamento caramelo transparente e escudo preto, mas sua presença no palco representa todo o legado da obra do cantor. A velha Fender, que em 1975 não era tão velha assim, foi imortalizada na capa do disco Born to Run.

A guitarra permanece ao lado de Springsteen nas últimas quatro décadas e foi testemunha do nascimento de um novo ídolo do rock. Em estúdio, nos palcos ao redor do mundo, em vídeo clipes ou na capa de quatro discos de Springsteen, ela é onipresente e parece carregar a personalidade e a energia marcantes do cantor.


Há muito mistério em torno do Esquire. A Fender estreou o Esquire em 1950, e os técnicos de Springsteen indicaram que seu modelo era de 1953 ou 54. Pouco depois de assinar com a Columbia Records, em 1972, Springsteen encontrou o instrumento em uma loja de guitarras em Nova Jersey (EUA), de propriedade de um homem chamado Phil Petillo.
Bruce mostra a icônica guitarra no programa Stephen Colbert Show, em outubro de 2021


“Eu queria uma Telecaster porque eu tinha tocado uma quando era mais jovem”, disse Springsteen em entrevista ao Rock and Roll Hall of Fame. “Eu peguei uma, em algum lugar ao longo do caminho. Jeff Beck foi um dos meus grandes heróis da guitarra. Acho que Pete Townshend tocou uma no The Who por um tempo. Era uma boa mistura para tocar soul music, como Steve Cropper e James Burton, mas também ótima para tocar rock como Jeff Beck".

“Era um instrumento versátil, leve. Eu não estava mais tocando rock and roll pesado. Eu estava tocando algo que lembrava a música soul, então eu queria uma guitarra que pudesse lidar com o funk e esse sentimento.”
Com Clarence Clemons, Bruce e sua guitarra estampam a capa do disco Born to Run (1975)

Com corpo Telecaster e braço Esquire, a guitarra já havia sofrido modificações significativas quando chegou às mãos de Springsteen (por US$ 180). Segundo a história, ela era originalmente de uma gravadora e equipada com quatro captadores que podiam ser conectados à placa de som - dando aos músicos de sessão a capacidade de ganhar quatro vezes o que normalmente ganhariam com quatro versões diferentes de uma faixa de guitarra.

A guitarra também tem uma quantidade generosa de madeira por baixo do pickguard, o que a deixava muito mais leve. Depois que Springsteen a comprou, Petillo adicionou captadores single-coil de enrolamento a quente e seus patenteados Petillo Precision Frets, que eram triangulares, além de uma ponte de seis selas de titânio.
Springsteen escalou a velha companheira para tocar no Super Bowl, em 2009


Springsteen usou muitas guitarras ao longo de sua carreira, mas ele sempre volta ao seu grande "amor". Infelizmente, ele aposentou a Esquire há alguns anos das turnês, e hoje usa clones no palco, apesar de ainda usá-la nas gravações. Em ocasiões especiais, como o show do intervalo do Super Bowl XLIII, em 2009, a velha e surrada Esquire/Tele não ficou de fora.

“Ela ainda soa única entre todas as minhas guitarras. Quando estou com ela, não sinto que tenho uma guitarra. É uma parte tão integral de mim. Eu a segurei em milhares de noites, suponho que com a ideia de que isso diz algo sobre o poder do rock and roll e de nós.”

Abaixo você encontra alguns vídeos do cantor empunhando sua icônica guitarra. Além disso, há a participação de Springsteen no programa Stephen Colbert Show, em outubro de 2021, onde o cantor fez questão de mostrar sua guitarra e contar a história por trás dela. O outro vídeo mostra a guitarra na exposição Play It Loud, no Metropolitan Museum of Art, na cidade de Nova York.

















Fonte: Fender.com

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