quinta-feira, abril 11, 2019

Play It Loud: exposição traz instrumentos musicais icônicos

A icônica guitarra Fender (foto), modelo Esquire-Telecaster, sempre estará associada a Bruce Springsteen. Não apenas por ser sua preferida, mas também por ter sido imortalizada na capa de vários de seus discos, entre eles Born to Run (1975), Live/75-85 (1986), Human Touch (1992) e Wrecking Ball (2012).

Bruce aposentou oficialmente está guitarra em 2005, mas abriu uma exceção ao tocá-la novamente durante sua participação no intervalo do Super Bowl, em 2009

Uma réplica desta guitarra também foi colocada no cruzamento entre a Rua E e a 10th avenida, em Belmar, em Nova Jersey, para marcar esse ponto turístico da região de Asbury Park. Veja mais detalhes aqui.

Agora, os fãs de Bruce podem ficar cara a cara com essa guitarra na exposição Play It Loud: Instruments of Rock and Roll, no Metropolitan Museum, na cidade de Nova York, até o dia 15 de setembro. Depois, a exposição seguirá para o Rock and Roll Hall of Fame and Museum, em Cleveland, a partir do dia 20 de novembro.


Bruce durante sessão de fotos para o disco Born to Run (1975)


A exposição também traz, entre outros, o saxofone de Clarence Clemons, as guitarras de Chuck Berry, Eddie Van Halen, Jimi Hendrix, Muddy Waters, Pete Townshend (The Who), Prince, Keith Richards (Rolling Stones) Buddy Holly John Lennon, Jimi Hendrix, Max Cavalera (Sepultura), as baterias de Ringo Starr (The Beatles) e Keith Moon (The Who) e os pianos de Little Richard e Lady Gaga.

Entre os 130 objetos, além dos instrumentos, a exposição também traz outros equipamentos utilizados pelos músicos e posters históricos de rock, entre eles, o promocional do disco Born to Run, com Bruce de costas, com a guitarra em primeiro plano e um par de tênis pendurado nas tarraxas.

Além da exposição, o visitante também pode comprar um livro de 236 páginas com fotos de todos os instrumentos que estão expostos. O livro também pode ser adquirido pelo site da Amazon americana.



terça-feira, abril 09, 2019

35 anos: Born In the U.S.A. merece comemoração à altura

A longevidade da carreira de Bruce Springsteen é algo a ser festejado, sempre. Para os fãs, ter um ídolo com quase meio século de atividade é um privilégio. Com o passar dos anos, Bruce tem deixado registrado seu legado para novas gerações que ainda estão por vir.

A preocupação em lançar oficialmente caixas com sua produção é uma estratégia inteligente e muito bem planeja por Bruce e seu principal colaborador, o produtor Jon Landau.

A caixa Live 1975-1985, lançada em 1986, trazia 40 registros ao vivo com as principais canções de Bruce da primeira década de sua carreira. Na ocasião, ainda na era do vinil, já havia centenas de disco piratas - nos EUA são conhecidos como bootleg. Apesar de Bruce nunca ter se importado com a venda de gravações não oficiais, ele sempre teve o objetivo de manter sua obra no mais alto nível de qualidade.

No fim de 1998, Bruce oferece aos seus fãs outra preciosidade, a caixa Tracks, com 66 músicas, a grande maioria inéditas. Divididas em quatro CDs, as músicas pegam o período entre 1972 e 1995, e mostram temas que acabaram descartados durante sua carreira. Foi um belo presente de Natal que o cantor ofereceu aos fãs no longínquo 1998.

No fim de 2005, foi a vez da caixa Born to Run: 30th Anniversary, que comemorou os 30 anos do lançamento do seu disco mais importante. A caixa traz a versão remasterizada de Born to Run, o documentário Wings For Wheels: The Making of Born To Run, com cenas inéditas dos bastidores das gravações do disco, de 1975, e o show gravado no Hammersmith Odeon, em Londres, em 1975.
Disco vendeu 30 milhões em todo mundo


Em 2010, foi a vez de festejar o disco Darkness on the Edge of Town, lançado em 1978. A caixa com três CDs e três DVDs passa a limpo esse período conturbado de sua carreira. Na ocasião, Bruce foi processado por seu ex-empresário, Mike Appel. Isso impediu Bruce de lançar discos, o que aconteceu apenas em 1978.

Os DVDs da caixa trazem um documentário com bastidores das gravações, uma apresentação gravada em 2009 com Bruce tocando na íntegra o disco Darkness, e um show completo gravado em Houston, em 1978, e outras apresentações em Phoenix e Nova York. Já os CDs, além da versão remasterizada do disco Darkness, um CD duplo chamado The Promise, com sobras de estúdio.


A turnê teve a estreia do guitarrista Nils Lofgren e da cantora Patti Scialfa


A última preciosidade lançado por Bruce é a caixa The Ties That Bind: The River Collection, que festeja os 35 anos do lançamento do disco The River. Assim como as outras caixas, o lançamento está cheio de registros inéditos. Desta vez, a caixa oferece quatro CDs (The River, duplo, remasterizado, The River: Single Album e The River: Outtakes) e três DVDs (Entrevista com Bruce falando sobre a produção do disco e o um show com quase 3h de duração gravado em Tempe, no Arizona, em 1980).



A pergunta que fica, após todos esses lançamentos de peso, é: por que uma caixa destacando o disco Born in The U.S.A. não foi lançada? Em 2019, o disco mais bem sucedido de sua carreira completa 35 anos, em 4 de junho. Fazer uma edição comemorativa, nos mesmos moldes que aconteceram com os discos Born to Run, The River e Darkness, incluindo um concerto na íntegra da turnê e canções que ficaram fora do disco, seria um presente para os fãs e uma importante contribuição para o legado de sua obra.

A turnê deste disco durou um ano e três meses. Como de costume, foi por etapas. A primeira nos Estados Unidos, entre junho de 1984 e janeiro de 1985, a segunda na Ásia e Oceania, entre março e abril de 1985, depois parte para a Europa, entre junho e julho de 1985, e termina nos Estados Unidos, entre agosto e outubro. Ao todo, foram 156 shows e uma audiência de quase quatro milhões de pessoas.


Turnê Born in the U.S.A. teve 156 shows e uma audiência de 4 milhões de pessoas


Os números são impressionantes, até mesmo para um artista com a popularidade de Bruce. Até hoje, as apresentações em Paris (França), no Parc de La Courneuve, e na Slane Villaga (Irlanda), no Slane Castle, são consideradas marcos na sua carreira. Em ambas, os shows com cerca de 3h de duração aconteceram em parques, criando uma atmosfera muito mais interessante do que uma apresentação em um estádio.

As três apresentações lotadas no mitológico estádio de Wembley, em Londres, uma semana antes do concerto Live Aid, sua estreia em solo italiano, no estádio San Siro, e os dez shows com lotação esgotada no Brendan Byrne Arena, em East Rutherford, em Nova Jersey, também são pontos altos desta turnê.

Na semana passada, o site oficial do cantor colocou para download pago a íntegra do show (foto) gravado no Los Angeles Memorial Coliseum, nos Estados Unidos, diante de 83 mil pessoas.

Foi o primeiro dos quatro shows que ele fez no estádio que foi palco da abertura das Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. As apresentações também marcaram o fim da bem sucedida turnê. Ao todo são 30 músicas e mais de 3h de duração.


É claro que as músicas de Born in the U.S.A. são onipresentes, 10 canções das 12 que integram o disco. Mas também há espaço para os clássicos "Born to Run", "Thunder Road", "Badlands", "The Promise Land" e "Hungry Heart". Foi nesta turnê que "Trapped", de Jimmy Cliff, e "War", de Edwin Starr, se tornam parte do repertório de Bruce.

A música de Starr é tocada pela primeira vez. Outra canção inédita foi "Janey, Don’t You Lose Heart", originalmente gravada em 1983, mas que só seria "oficialmente" lançada na caixa Tracks. A música faz parte do final do show e é tocada na sequência de "Stand On It", canção que fez parte da trilha sonora do filme Ruthless People e foi lado B do single da música "Glory Days", em 1985. Esse não foi o primeiro show desta turnê colocado à venda no site oficial do cantor. Também é possível comprar os shows dos dias 5 e 20 de agosto, no Brendan Byrne Arena, em Nova Jersey.

Em junho de 2023, o cantor lançou uma caixa com 18 CDs, com seis shows na íntegra de concertos realizados durante a turnê Born in The U.S.A, entre 1984 e 1985. São quatro shows gravados em East Rutherford, em Nova Jersey, na Brendan Byrne Arena, em agosto de 1984, um show gravado no Giants Stadium, em East Rutherford, Nova Jersey, em agosto de 1985, e um show no Los Angeles Memorial Coliseum, em Los Angeles, na Califórnia, em setembro de 1985.


Em 2013, durante a turnê do disco Wrecking Ball, em Londres, na Inglaterra, o cantor tocou na íntegra o disco BITUSA, na mesma ordem do disco, ou seja, iniciando com a canção "Born in The U.S.A." e terminando com "My Hometown". Esta apresentação foi lançada em DVD, por tempo limitado, encartado com o CD Wrecking Ball. Ele repetiria a íntegra do disco BITUSA na apresentação que fez no Rock in Rio, na cidade do Rio de Janeiro, em 21 de setembro de 2013. Você pode ver o íntegra da apresentação em Londres e no Rock in Rio logo abaixo.

O podcast London Calling, comandado pelo português Nuno Bento, tem uma edição especial sobre o disco e destacou o que ele chamou de "O segundo disco de Born In The U.S.A.", com músicas que foram gravadas durante as sessões de gravações de Born in the U.S.A., mas que ficaram de fora do álbum. Entre os temas tocados no podcast estão "Protection", "Murder Incorporated", "Pink Cadillac", "Frankie", "Johnny Bye Bye" e "Sugarland". Escute o podcast aqui. Neste link você encontro a íntegra do encarte do CD Born in the U.S.A.
Contra-capa do disco lançado em 1984 pela gravadora CBS



Ouça na integra o disco Born in the U.S.A.


Cantor toca na integra o disco Born in the U.S.A., ao vivo, em Londres, em 2013


Íntegra do show no Rock in Rio, no Brasil, em setembro de 2013


Bruce toca no Parc de La Courneuve, em Paris. Show na íntegra


Bruce toca Slane Castle, na Irlanda, diante de 65 mil pessoas, em junho de 1985


Bruce toca Los Angeles Memorial Coliseum diante de 83 mil pessoas, em setembro de 1985


Bruce canta "This Land is Your Land" no Los Angeles Memorial Coliseum, em setembro de 1985



Reportagem da TV NBC fala sobre a turnê do disco Born in the U.S.A.



Reportagem da rádio portuguesa Antena 3 sobre o disco Born in the U.S.A.



Vídeo comemora os 40 anos de lançamento do disco