quarta-feira, novembro 24, 2021

The Legendary 1979 No Nukes Concerts


A participação de Bruce Springsteen no concerto beneficente No Nukes, em setembro de 1979, no Madison Square Garden, em Nova York, é considerada um marco no carreira do cantor.

Para muitos fãs, esta foi a primeira oportunidade de vê-lo ao vivo pela TV e comprovar tudo aquilo que os críticos falavam sobre seus shows.

Vale lembrar que naquela época não havia MTV e muito menos internet para o público ver Bruce em ação. A única maneira era ir a seu show. Na ocasião, Bruce estava há quase um ano sem tocar ao vivo e a procura por ingressos para uma das duas apresentações foi grande.


O show, idealizado pelos cantores Jackson Browne e Graham Nash e pela cantora Bonnie Raitt, teve o objetivo de chamar a atenção dos norte-americanos para o perigo da energia nuclear.

Essa foi a primeira apresentação do cantor gravada oficialmente. No vídeo oficial das duas noites (21 e 22), Bruce toca três músicas "The River", "Thunder Road" e "Quarter to Three". Foi a primeira vez que "The River" foi tocada. Na ocasião, Bruce estava em estúdio gravando o álbum homônimo, que seria lançado 1 ano depois. Além de Bruce, Browne, Raitt, Nash, Carly Simon, James Taylor, Doobie Brothers e Stephen Stills.

Em 2019, Bruce colocou online a íntegra das duas apresentações (foto abaixo) para vender, mas depois foi retirado de catálogo. No setlist, clássicos como "Jungleland", "Born To Run" e a trinca matadora do disco Darkness on the Edge of Town, com “Prove It All Night”, “Badlands,” e “The Promised Land". Outro destaque é a versão da música "Stay", de Maurice Williams & the Zodiacs, com participação de Jackson Browne e Tom Petty.

A diferença entre os dois shows é a música final. Na primeira noite Bruce tocou "Detroit Medley" e na segunda fechou com "Quarter to Three". Pela plataforma Nugs.net, o fã de Springsteen tem acesso a dezenas de áudios de shows na íntegra para comprar online. Clique aqui.

A versão em CD duplo com trechos dos shows foi lançado no início da década de 1990, com Bruce interpretando "Stay" e "Devil With The Blue Dress Medley", além de Tom Petty and The Heartbreakers, Crosby, Stills & Nash, The Doobie Brothers, entre outros.

O show documentário oficial foi lançado apenas em VHS e LaserDisc. Abaixo você vê 30 minutos do show, incluíndo Jackson Browne, The Doobie Brothers e Springsteen.





The Legendary 1979 No Nukes Concerts


Agora, finalmente, o vídeo com a apresentação é lançado em DVD e Blu-Ray. O show vem encartado com um CD duplo. São 13 músicas para ouvir e assistir. O repertório dos CDs e DVD é exatamento o mesmo. A edição também um encarte de 24 páginas com fotos raras das apresentações e a reprodução do ingresso do show.

Vale lembrar que a remasterização de imagens e sons ficaram sob resposabilidade do diretor Thom Zimny, colaborador de Springsteen há duas décadas. Também foi lançado uma versão em vinil duplo. Veja abaixo o repertório:

Prove It All Night
Badlands
The Promised Land
The River
Sherry Darling
Thunder Road
Jungleland
Rosalita (Come Out Tonight)
Born To Run
Stay
Detroit Medley
Quarter To Three
Rave On



















quinta-feira, outubro 07, 2021

Van Zandt escancara sua vida em autobiografia


Cinco anos após a autobiografia Born to Run, de Bruce Springsteen, chegou a vez de Stevie Van Zandt "lavar roupa suja" e abrir o coração na sua autobigrafia, chamada Unrequited Infatuations (Paixões não correspondidas). O cantor, compositor e guitarrista de 70 anos conhece Springsteen desde o fim da década de 1960.

A expectativa era grande para ouvir a versão oficial do cantor para a sua saída "repentina" da E Street Band. É claro que no decorrer do anos, e lá se foram 37 anos, o guitarrista falou sobre isso e declarou várias vezes que foi uma loucura ter abandonado o barco. Van Zandt apareceu pela primeira vez em um disco de Springsteen em 1975, em Born to Run.

E depois vieram os discos Darkness on the Edge of Town, The River e Born in the U.S.A. Ele chegou a gravar o clipe da música "Glory Days", um dos grandes sucessos do álbum BITUSA, mas resolveu deixar a banda antes do início da turnê, em junho de 1984.

A música "Bobby Jean", que faz parte do disco BITUSA é uma homenagem de Bruce a Stevie. A canção fala de um amigo que vai embora sem se despedir. O refrão final diz o seguinte: "Eu apenas queria falar com você uma última vez, não para fazer você mudar de ideia, mas para dizer que sinto a sua falta, desejar boa sorte e dar adeus, Bobby Jean". (And I'm just calling you one last time Not to change your mind, but just to say I miss you, baby Good luck, goodbye, Bobby Jean)

Van Zandt só voltaria a gravar com Springsteen em 1995, quando participou da gravação de músicas para o disco Greatest Hits. Desde então, tem participado de quase todos os álbuns de Springsteen, entre eles, The Rising, Wortking on a Dream, Magic, Wrecking Ball e Letter to You.

Com 416 páginas, o livro também fala sobre a carreira do músico como ator, que trabalhou na icônica série Família Soprano e estrelou Lilyhammer, e seu trabalho como ativista e o projeto Sun City, que denunciou o apartheid na África do Sul, no meio da década de 1980.

Ele fala sobre o impacto que a música "Biko", de Peter Gabriel, teve sobre ele e como isso mudou o rumo de sua vida naquele momento. A luta pela igualdade racial e a libertação do líder sul-africano Nelson Mandela se tornaram quase uma obsessão para o cantor.
Michael Imperioli (Christopher Moltisanti), Van Zandt (Silvio Dante) e James Gandolfini (Tony Soprano)


Em entrevista ao The Times, o músico falou como a relação entre ele e Springsteen inspirou seu personagem na hora de falar algumas verdades difíceis ao personagem de James Gandolfini, protagonista do seriado Os Sopranos. "Certamente poderia me basear em meu relacionamento com Bruce. Parte da obrigação de ser o melhor amigo é que às vezes você tem que trazer más notícias, expressar uma opinião que eles não vão gostar”, explicou Van Zandt.
Bruce e Stevie somam cinco décadas de amizade, dentro e fora dos palcos


O músico também descreve sua morna carreira solo durante as décadas de 1980 e 1990. Mas que nos últimos anos voltou a ocupar espaço na vida do cantor com a retomada, paralelamente à parceria com Springsteen, do seu trabalho solo no comando da Little Steven and The Disciples of Soul, uma banda com mais de uma dezena de músicos.

Em entrevista para divulgar o livro, ele disse que a ideia de escrever uma biografia sobre sua vida aconteceu com a chegada de um empresário, que sugeriu isso. Segundo Van Zandt, ele nunca teve realmente um empresário antes e que isso acabou o ajudando nos últimos anos a organizar sua carreira. Diante do hiato que a pandemia fez na agenda do cantor, ele teve tempo para desenvolver o livro.

Van Zandt durante bate-papo sobre o seu livro em um evento na Holanda


Van Zandt disse que a biografia não tem a intenção de trazer à tona segredos nunca antes revelados. "Eu enviei o livro para duas pessoas: Bruce e Bob Dylan. Ambos são citados no livro e eu queria saber se eles se incomodavam com algo que eu escrevi. Mas ambos me disseram que estava tudo ok. Achei importante consutá-los, pois o livro não tem o objetivo de expor a vida de outras pessoas".

A autobiografia foi muito bem recebida pelos fãs e pela crítica. Uma semana após o seu lançamento, o livro ficou na sexta posição no ranking dos mais vendidos do jornal norte-americano The New York Times. Para saber mais detalhes sobre a carreira do músico, leia a matéria publicada neste blogue em 2019.